O “fim do mundo” de 2012 (21 de
dezembro de 2012) não é o primeiro e certamente não será o último
embuste relacionado à astronomia que veremos.
“Profecias” relacionadas aos maias, como a de um planeta que estaria em
rota de colisão com a Terra ou que ocorreria um alinhamento cósmico
raríssimo com o centro da galáxia, já foram desmentidas e explicadas
inúmeras vezes. Mas outras “insanidades” já foram espalhadas,
principalmente na internet.
A aproximação (anual) de Marte
Marte é um dos planetas que conseguimos ver no céu – e muitas vezes
confundimos com uma estrela avermelhada. O problema é que nem sempre é
possível ver o astro, e isso levou a um dos mitos mais frequentes, o de
que o planeta vermelho está se aproximando da Terra.
Segundo o observatório da Universidade do Texas em Arlington (EUA), por
lá o mito reaparece todo mês de agosto, quando o céu do Estado fica
ótimo para observação astronômica. O embuste é transmitido por um e-mail
que conta sobre um “evento que ocorre uma vez na vida”. Segundo o
texto, Marte vai ficar “grande como a Lua Cheia”, o que teria ocorrido
pela última vez há 5 mil anos e não ocorrerá nos próximos 60 mil.
Como o rumor começou? Segundo o observatório, em 2003, Marte chegou
muito perto da Terra – o mais próximo em 60 mil anos – e, mesmo assim,
ele não passava do tamanho de uma estrela para quem o via no céu. Esse
raro evento teria dado origem ao embuste. O evento voltará a acontecer,
mas apenas em 2287.
Asteroide
Outro embuste frequente é o de que um asteroide está em rota de colisão
com a Terra. Praticamente todo ano aparece algum candidato a
“destruidor” da humanidade. Em um desses casos, a Universidade da
Colúmbia Britânica (Canadá) chegou a soltar uma nota, em 2010, chamando a
farsa de “ridícula”.
A mensagem que circulava na internet, era: “Um professor da Universidade
da Colúmbia Britânica publicou online um artigo que projetava que um
asteroide de 800 m atingiria a Antártida no outono (hemisfério norte) de
2012. Seu artigo esteve no site da universidade por dois dias antes de
abruptamente desaparecer. Os dados iniciais foram obtidos com o Balão de
Grande Abertura Submilimétrica – Blast – na estação McMurdo, na
Antártida. O asteroide teorizado foi então encontrado pelo Telescópio
Canadá-França-Havaí em Mauna Kea (Havaí), o qual provê as melhores
imagens feitas do solo.”
Segundo a universidade, o Blast realmente existe na Antártida e o
telescópio Canadá-França-Havaí realmente consegue excelentes imagens
astronômicas. “O resto é ridículo. O Blast não detecta asteroides. E
ninguém poderia extrapolar a órbita de um asteroide recém-descoberto
para prever que em dois anos ele atingiria a Antártida – assim como
outros pontos na Terra. Tal artigo nunca apareceu no site de Física e
Astronomia da UBC”, diz a nota.
Curiosamente, a nota da universidade diz que o embuste do asteroide
aparece anualmente, “em par com o ‘Marte grande como a Lua Cheia’, que
circula pela web”.
Planeta em rota de colisão
Essa é uma história que acabou “engolida” pelo embuste supostamente
baseado no calendário maia. E a Nasa não cansa de desmenti-la. A agência
espacial americana afirma que Nibiru é um planeta fictício”.
“A história sobre o planeta fictício Nibiru e predições sobre o fim do
mundo em dezembro de 2012 floresceram na internet”, diz a agência em sua
página no Facebook. “Nibiru e outros planetas errantes são embustes da
internet. Não há base factual para essas afirmações”, diz a Nasa em uma
página dedicada a desmentir o “fim do mundo” em 2012.
“Se Nibiru ou o Planeta X fossem reais e estivessem em direção a um
encontro com a Terra em 2012, astrônomos teriam encontrado eles na
última década, e eles estariam visíveis agora a olho nu. Obviamente,
eles não existem. Éris é real, mas é um planeta-anão similar a Plutão e
vai permanecer nos confins do Sistema Solar; o mais próximo que ele vai
chegar da Terra é cerca de 6 bilhões de km de distância”, diz a Nasa
sobre os diversos supostos planetas que estariam em rota de colisão com o
nosso.
Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade de seus autores, e não refletem, de maneira nenhuma, a opinião do redator deste portal.