A polícia deteve nesta manhã um dos
donos da boate Kiss e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira,
segundo informações do delegado Sandro Meinerz. Elissandro Sphor,
conhecido como Kiko, foi preso nesta manhã de segunda-feira (28) em um
hospital de Cruz Alta. O vocalista e um responsável pela segurança do
palco da banda foram detidos em Mata.
Eles tiveram o pedido de prisão temporária de cinco dias decretada pelo juiz Regis Adil Bertolindurante
a madrugada desta segunda-feira. O vocalista do grupo que se
apresentava no momento do incêndio foi detido durante o velório do
gaiteiro Danilo Jaques na cidade de Mata, na Região Central.
O outro proprietário da casa noturna também teve prisão temporária
decretada, mas ainda não foi localizado pela polícia.
"Desde a madrugada, estávamos
monitorando as casas dos donos da boate e com equipes de policiais nas
ruas tentando localizá-los", disse ao G1 o delegado.
Em entrevista à Rádio Gaúcha antes da
prisão de Kiko, o advogado Jader Marques disse que o dono da boate foi a
Cruz Alta para submeter a um tratamento de desintoxicação e que a
viagem foi informada para as autoridades. Ele também disse que seu
cliente prestou todo atendimento às vítimas.
"Esta tragédia também está marcando o
Kiko e toda sua família. Todas as pessoas naquela boate eram amigas
dele. Ele esteve lá recebendo, atendendo e perdeu funcionários", disse o
advogado.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio provocou pânico e muitas
pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa
"Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria,
dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e
dois cursos técnicos.
Pelo menos 101 das vítimas identificadas
eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo
informou a instituição em sua página na internet.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
"Fatalidade"
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.
Público
O número de total de pessoas que estavam no interior da boate Kiss no momento em que o incêndio começou ainda é desconhecido. Segundo informações da própria casa noturna, a capacidade máxima é para mil clientes.
O número de total de pessoas que estavam no interior da boate Kiss no momento em que o incêndio começou ainda é desconhecido. Segundo informações da própria casa noturna, a capacidade máxima é para mil clientes.
De acordo com o delegado Sandro Meinerz,
que é responsável pela perícia, informações coletadas pelas equipes de
investigação dão conta de que o público na hora da tragédia era de
aproximadamente mil pessoas. O Corpo de Bombeiros, no entanto, estima
que o número era maior, perto de 1,5 mil.
Estudantes que sobreviveram à tragédia
relataram que, inicialmente, seguranças da boate tentaram impedir a
saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a
passagem.
O capitão da Brigada Militar Edi Paulo
Garcia disse que a maioria das vítimas tentou escapar pelo banheiro do
estabelecimento e acabou morrendo. "Tirei mais de 180 pessoas dos
banheiros. Eles estavam tentando fugir", disse.
Resgate
Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ajudaram a socorrer as vítimas. "A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça", disse o jovem Murilo de Toledo Tiecher.
Resgate
Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ajudaram a socorrer as vítimas. "A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça", disse o jovem Murilo de Toledo Tiecher.
Fonte: G1
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