Um dos suspeitos do
assassinato brutal do casal de aposentados em Bocaina – filho de uma das
vítimas – agora é apontado como inocente e sem envolvimento direto no
crime.
Pedro Crisóstomo Rocha,
31 anos, foi preso na tarde do dia 06 de abril após Mario Mariano da
Rocha apontar sua participação na morte de Simão Leôncio de Araújo, 75
anos, e de Maria José da Rocha, 57 anos, sua mãe.
Na noite da prisão, em
entrevista ao RiachaoNet, Pedro Rocha negou qualquer envolvimento no
crime e afirmou estar sendo injustiçado. A versão foi sustentada também
em depoimento à polícia. “Deus está vendo que eu não fiz isso, é uma
coisa que estão jogando pra cima de mim. Eu não tenho coragem de matar
uma formiga”, declarou.
As palavras do filho da aposentada aos poucos se mostraram verdadeiras.
O segundo suspeito, que
também foi preso no mesmo dia, Mario Mariano da Rocha, 21 anos,
confessou participação no crime. Segundo informações do agente de
polícia civil Joel Cardoso em entrevista à Rádio Liderança, Mario
afirmou durante a reconstituição do crime e em depoimento que teve ajuda
de Pedro Rocha durante toda a ação. Mas contradições em seu depoimento
levantaram suspeitas.
Investigação
À polícia, Mario Mariano
contou que entregou algumas das evidências do crime a Pedro Rocha para
que ele as destruísse. O andamento das investigações e a descoberta de
provas enterradas a até sete quilômetros de distância do local do crime
foram desvendando o quebra-cabeça.
“Encontrei a faca, duas
camisas (mangas curtas e manga comprida com capuz), luvas, cueca, uma
calça jeans preta, uma faca de 12 polegadas um pouco desgastada, um
revólver de brinquedo e documentos do Simão enterrados a cerca de dois
quilômetros da casa de rações do pai do Mariano”, declarou Joel Cardoso.
A proximidade entre o local em que as provas foram encontradas e a casa
de Mario chamaram a atenção.
Após a descoberta das
evidências, o depoimento de Mario Mariano foi confrontado e ele resolveu
contar uma nova versão à polícia, dessa vez inocentando Pedro Rocha. No
segundo depoimento, o suspeito diz ter matado o casal sozinho para
roubar, mas se arrependeu e acabou saindo da casa levando apenas algumas
moedas. Ele também afirma que o assalto ao casal teria sido encomendado
por Pedro Rocha ainda no dia 30 de março.
“Só após mostrar toda a
contradição em que estava mergulhado é que ele resolveu contar a verdade
e dizer que praticou o crime sozinho e que naquele dia nem havia visto o
Pedro”, explica o agente de polícia.
A polícia não descarta a possibilidade de que familiares de Mario Mariano possam estar envolvidos na ocultação de provas.
Fonte: Riachãonet
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