Tremor de magnitude 6,6 ocorreu na província de Sichuan.
Mais de 2 mil militares foram enviados para reforçar os socorristas.
Um terremoto de magnitude 6,6 que atingiu na manhã deste sábado o sudoeste da China
deixou pelo menos 157 mortos e mais de 5,7 mil feridos, segundo as
autoridades locais, que enviaram à região milhares de soldados para
ajudar nas operações de resgate.
saiba mais
O tremor ocorreu ao pé
do planalto tibetano, na província de Sichuan, uma região com forte
atividade sísmica que já foi devastada em 2008 por um potente terremoto.
As primeiras fotos da catástrofe mostravam edifícios destruídos e muitos escombros nas ruas.
Imagens aéreas
apresentavam zonas rurais onde as casas pareciam ter desmoronado, e
outras, mais povoadas, onde os danos eram menores.
Criança é resgatada após terremoto na província de Sichuan (Foto: AFP)
As construções das zonas
rurais chinesas costumam ter materiais de qualidade duvidosa e as
normas antissísmicas quase não são respeitadas.
Mais de 2 mil militares foram enviados para reforçar os socorristas que trabalhavam no local, indicou a agência oficial Xinhua.
O novo presidente
chinês, Xi Jinping, pediu que as vítimas sejam ajudadas, enquanto o
primeiro-ministro Li Keqiang visitou a região afetada, assim como seu
antecessor Wen Jiabao costumava fazer em caso de catástrofes, o que o
tornou muito popular. "As primeiras 24 horas são cruciais para salvar
vidas", disse o primeiro-ministro.
O presidente russo,
Vladimir Putin, enviou um telegrama de pêsames ao seu colega chinês e
afirmou que a Rússia está preparada para dar toda a ajuda necessária à
China, anunciou o Kremlin.
A agência de notícias
oficial indicou que o terremoto de sábado alcançou uma magnitude de 7,
enquanto o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS) registrou um
tremor de magnitude 6,6. A profundidade foi estimada em 12 km, uma
distância muito pequena, o que favorece a ocorrência de muitos danos.
As operações de resgate eram dificultadas por deslizamentos de terra provocados pelo tremor, indicou a CCTV.
O terremoto foi sentido
fortemente em Chengdu, a capital provincial de Sichuan, e até mesmo na
vizinha metrópole gigante de Chongqing, um município que abriga 33
milhões de pessoas.
Aos sábados, os
estudantes chineses em geral não têm aula, com exceção de alguns
institutos de ensino médio. Uma jornalista do canal de televisão local
iria se casar neste sábado, mas precisou trabalhar ao vivo para cobrir a
catástrofe, vestida de branco, segundo uma foto sua que circulava na
internet.
Pouco depois do
terremoto de 2008, a qualidade da construção das escolas em Sichuan foi
muito criticada. Familiares em luto e com raiva exigiram a verdade e
quiseram entender as razões pelas quais os prédios que abrigavam suas
crianças desabaram com facilidade, enquanto outros edifícios oficiais
resistiram.
Os terremotos são relativamente frequentes na China, embora a população esteja menos acostumada com eles do que no Japão.
O governo brasileiro
divulgou uma nota lamentando o terremoto. Na nota, o governo diz que
tomou conhecimento com grande pesar das mortes e perdas materiais
provocadas pelo terremoto que atingiu na província de Sichuan.
O Brasil transmite suas
condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao
Governo da República Popular da China.
Primeiro-ministro Li Keqiang (centro) visitou a região afetada
(Foto: AP)
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade de seus autores, e não refletem, de maneira nenhuma, a opinião do redator deste portal.