O protético Ismael Sampaio Costa,
apontado pela Polícia como acusado pelo crime que vitimou a professora
Antônia Rosiane Alexandrino Mota, 26, com quem ele era casado, continua
foragido.
O assassinato ocorrido em Tauá, na Região dos Inhamuns, chocou a cidade,
pelo modo cruel como se deu. A ossada da professora foi encontrada no
Estado Piauí com sinais de que tinha sido carbonizada.
Ele chegou a ser preso em dezembro de 2011, mas conseguiu fugir da
Cadeia Público Tauá, no dia 1° de maio, junto com outros sete detentos.
Parentes e amigos de Rosiane já fizeram várias manifestações, a fim de
cobrar respostas da Polícia e da Justiça, quanto a captura e punição dos
culpados pela morte dela. Nas redes sociais, postagens com imagens do
acusado foram largamente compartilhadas por usuários de todo o Brasil.
Além dele, o mototaxista Francisco Wilmes Gomes Mota, também é acusado
por homicídio qualificado, extorsão qualificada, destruição, subtração
ou ocultação de cadáver. Wilmes Mota foi preso no dia 14 de dezembro, na
Rua Dondon Feitosa, no ponto de moto-taxi, em que trabalhava.
O advogado dele, Francisco Gonçalves Siqueira, requereu, junto ao
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) o trancamento da ação penal,
alegando ausência de justa causa para que seu cliente continue preso. O
advogado sustentou, ainda, que há ilegalidade da prisão de Wilmes e
solicitou a liberdade provisória do réu.
A 1ª Câmara Criminal do TJCE negou o pedido de habeas corpus da defesa. O
relator do processo, desembargador Paulo Camelo Timbó, ressaltou que
existem indícios de autoria e materialidade demonstrados, apontando a
participação de Wilmes na morte da professora, o que impossibilitaria a
concessão do benefício ao acusado.
Na decisão, publicada no Diário da Justiça Eletrônico, do último dia 25,
o desembargador lembra a gravidade da ação cometida pelos três
indiciados, e corrobora sua decisão de manter o comparsa de Ismael Costa
preso. Para o relator, o acusado “concorreu para a prática de crime
avassalador da garantia da ordem pública, haja vista a gravidade
concreta do delito e o modus operandi com a qual se realizou a
empreitada criminosa, cometida de forma premeditada e tormentosa,
causando intenso sofrimento à vítima que foi morta e teve seu corpo
carbonizado a fim de dificultar sua identificação”.
O caso
Rosiane Alexandrino desapareceu no dia 2 de dezembro do ano passado,
depois que saiu de casa, no bairro dos Colibris, para dar aula, na
Escola Maria do Livramento Barreto, em Tauá. A mãe da professora
denunciou desaparecimento da filha à Polícia, que passou a investigar o
caso. Quase um mês depois, uma ossada feminina foi encontrada no Estado
do Piauí, próximo a cidade de Pimenteiras, que se limita com o Município
de Parambu.
O exame feito no Instituto Médico Legal (IML) de Teresina, constatou que
a ossada era de Rosiane. Os restos mortais da professora foram trazidos
para o Ceará e entregues à família.
A mãe da professora afirmou à Polícia, que a relação dela com o esposo
era problemática e que eles costumavam brigar. Ismael Costa já tinha
passagens anteriores pela Polícia por embriaguez ao volante e desacato à
autoridade. No início das investigações ele negava que tivesse
participado do crime, mas o delegado titular da Delegacia Regional de
Tauá, Osmar Berto, conseguiu identificar falhas em seus depoimentos, que
levaram a acreditar que ele estava mentindo. O acusado foi preso, mas
fugiu da cadeia pouco tempo depois.
No feriado de Finados, a Associação das Mulheres da Tauá colocou faixas no cemitério local como forma de protesto.
Diario do Nordeste
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