Um episódio
causou tumulto e revolta de banhistas na praia de Atalaia, em Luís
Correia (a 330 quilômetros de Teresina) na manhã deste domingo(04). Uma
pessoa estaria se afogando e na praia não havia salva-vidas. Mensagens
na rede social Facebook de indignação foram postadas.
“Indignada
com o Corpo de Bombeiro do Piauí. Afogamento na Praia e assistência
zero. Vieram, viram a cena, saíram e depois de meia hora voltaram. O
detalhe é que um surfista já havia salvo a criança. Falta de vergonha
para o nosso Estado. Os heróis não vestem fardas e nem possuem rótulos.
Salve, Deus!”, disse uma internauta.
De acordo
com o major Rivelino de Moura, por conta da falta de efetivo, não há
como deixar salva-vidas nas praias, mas assim que foram acionados,
compareceram ao local. Ele disse que como a vítima estava há 50 metros
depois da área de arrebentação das ondas, era necessário pegar
equipamentos para fazer o resgate.
“Assim que
chegamos nós vimos duas pessoas em uma prancha, depois da área de
arrebentação, ai voltei até o quartel para pegar o Jet ski, não
poderíamos fazer um resgate sem estrutura, só apenas entrar na água.
Quando voltamos eles já haviam saído da água”, explicou o comandante do
Corpo de Bombeiros em Parnaíba.
Os banhistas teriam vaiado os bombeiros e aplaudido os jovens que conseguiram tirar as pessoas da água.
Ele
confirmou que populares vaiaram os bombeiros. “Foi uma situação
constrangedora, mas nós não temos efetivo para colocar na praia. No
quartel temos 24 bombeiros ao todo e quatro trabalham por plantão de 24
horas de serviço por três dias de folga, ainda tem os que estão
dispensados, tiram licença e férias”, especificou o militar, que disse
ainda que somados aos 24, há 11 bombeiros que estão exclusivamente à
disposição do aeroporto de Parnaíba.
O Major
Rivelino alertou que a área de arrebentação das ondas é perigosa para
banhistas que mão têm experiência de entrar no mar. “Essa área não dever
ser frenquentada por pessoas que não saibam surfar direito. As pessoas
alugam pranchas e acham que podem ir para o alto mar e não conseguem
voltar”, enfatizou.
Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com
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