RIO DE JANEIRO, 25 Out (Reuters) - A taxa de desemprego brasileiro subiu
para 5,4 por cento em setembro, ante 5,3 por cento em agosto, informou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quinta-feira.
Apesar do leve crescimento, trata-se do melhor resultado para setembro
desde o início da série histórica, em 2002. Mesmo assim, o número veio
um pouco pior do que o esperado pelo mercado.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões de 31
analistas consultados, a taxa permaneceria em 5,3 por cento no mês
passado. As estimativas variaram de 5,0 a 5,4 por cento.
O rendimento médio da população ocupada subiu 0,1 por cento em setembro
ante agosto, e 4,3 por cento sobre setembro de 2011, atingindo 1.771,20
reais.
O IBGE informou ainda que a população ocupada cresceu 0,9 por cento em
setembro na comparação com agosto e 2,3 por cento ante o mesmo período
do ano anterior, totalizando 23,164 milhões de pessoas nas seis regiões
metropolitanas avaliadas.
Já a população desocupada chegou a 1,326 milhão de pessoas, alta de 3,0
por cento ante agosto e queda de 8,6 por cento sobre um ano antes. Os
desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto
desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.
Entre setembro e agosto, informou o IBGE, o setor que se destacou em contratações foi o de comércio, com alta de 3,7 por cento.
Em setembro, o Brasil criou 150.334 postos formais de trabalho, acima do
resultado de agosto mas o pior desempenho para setembro desde 2001,
segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados na semana passada.
O baixo nível de desemprego e o aumento da renda continuam ajudando na
atividade econômica brasileira, que começou a dar sinais de aquecimento
no segundo semestre após um início de ano cambaleante devido à crise
internacional.
Em agosto, houve avanço de 0,98 por cento ante julho no Índice de
Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado um
sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). .
Isso depois de uma alta de 1,5 por cento na produção industrial e avanço de 0,2 por cento nas vendas no varejo em agosto.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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