26/10/2012 - O
subprocurador-Geral da República, João Pedro de Saboia Bandeira de
Mello, em ofício encaminhado nesta sexta-feira ao Ministério das
Relações Exteriores, solicitou que seja investigada a venda da
virgindade da brasileira Catarina Miglioni, por R$ 1,5 milhão, para um
cidadão japonês, pela internet. Bandeira de Mello sugere ao Ministério
que providencie o contato com as autoridades envolvidas na operação
internacional que pode ser configurada como “tráfico de pessoas”.
Ofício encaminhado nesta
tarde, após matéria sobre o assunto publicada na edição do CdB desta
quinta-feira, no qual o subprocurador Bandeira de Mello pede a revogação
do visto no passaporte de Miglioni “por exercício de prostituição”.
Leia aqui o documento, na íntegra.
Exmo Sr Ministro de Relações Exteriores
Excelência :
Tenho a honra de me
dirigir a V. Exa., em face das constantes notícias que circulam na
INTERNET de que a brasileira Catarina Miglioni foi aliciada por uma
produtora de TV da Austrália para participar de um “reality show”
leiloando sua suposta virgindade, já havendo, inclusive, comprador
compromissado.
Embora não tenha
examinado detidamente o assunto, em principio me parece que se trata de
crime de tráfico de pessoas, cuja repressão é prevista em tratados
internacionais.
Assim, sugiro a V. Exa.
que determine ao Exmo Sr Embaixador naquele país as providências junto
às autoridades policiais e judiciárias cabíveis para interromper a
execução de eventual crime, para o que, acredito, deveria ser solicitada
a revogação do visto (por exercício de prostituição) e a deportação com
urgência.
Desculpando-me por
utilizar mail e não ofício, face à urgência do assunto, apresento meus
elevados protestos de consideração e apreço.
Atenciosamente
João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho
Subprocurador-Geral da República
Correio do Brasil
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