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quinta-feira, 21 de março de 2013

Mãe denuncia abuso sexual da filha de 8 anos 4 vezes em um mês dentro de escola municipal

Segundo a mãe, o portão da escola fica aberto, o que facilitaria a entrada de pessoas estranhas
Mãe foi à polícia para denunciar o caso
Mãe foi à polícia para denunciar o caso Foto: Reprodução
 

Uma mãe denunciou à polícia um caso de abuso sexual numa escola da rede municipal do Rio. A menina X., de 8 anos, contou à mãe que o estuprador a tirou quatro vezes, nos últimos 30 dias, da Escola Municipal Joseph Bloch, em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio, para atacá-la.

O caso veio à tona na segunda-feira, quando a mãe, uma operadora de caixa de 26 anos, registrou ocorrência de estupro de vulnerável na 38ª DP (Irajá). A criança deve ser ouvida com auxílio psicológico nos próximos dias. A polícia também irá intimar funcionários do colégio.

Segundo a mãe, o portão da escola fica aberto, o que facilitaria a entrada de pessoas estranhas.
— Na escola, ninguém viu nada. O portão só fica encostado. Entra quem quer — critica a mãe.
Segundo relato contado por X. à mãe, o estuprador a levava para uma rua pouco movimentada, próximo à Avenida Brasil, e se escondia atrás de um carro para abusar sexualmente da menina durante o recreio. Em seguida, levava a criança de volta à escola.

No primeiro caso de abuso, segundo depoimento da mãe, o estuprador convenceu a menina a sair do colégio oferecendo doces. Nos outros três casos, a garota passou a ser ameaçada.
Segundo a mãe, a menina é levada ao colégio às 7h15m pelo filho da babá, um adolescente de 15 anos. Ele volta para buscá-la às 11h45m.

Na segunda-feira, após o registro da ocorrência, X. foi submetida a exame de corpo de delito no IML. A perícia deve ficar pronta em 30 dias. Anteontem, a vítima fez exames e tomou vacinas para evitar doenças sexualmente transmissíveis num posto de saúde em Jardim América.

‘Minha filha chora o tempo todo e só quer ficar em casa’
 
De acordo com a operadora de caixa Y., de 26 anos, mãe da menina, a filha está evacuando nas calças há um mês. “Achava que era só uma diarreia. Depois, desconfiei e perguntei a ela o que estava acontecendo. Ela chorava a tremia, mas não dizia nada. Aí, eu a pressionei no domingo e ela contou tudo. Disse que um homem negro, de barba e cabelos encaracolados, ofereceu doces para convencer ela a sair do colégio. Depois, a ameaçava. A minha filha chora o tempo todo e só quer ficar em casa”, contou.

Secretaria de Educação investiga o caso
 
A Secretaria municipal de Educação informou ter aberto sindicância para apurar a denúncia. Em nota, disse que, de acordo com a direção da unidade, a aluna não se ausentou no horário escolar nos últimos 30 dias.


A secretaria afirmou que a escola tem um único portão de acesso para alunos e visitantes, controlado por um porteiro a cada turno. De acordo com a 38ª DP (Irajá), que investiga o caso, o porteiro deve ser intimado para prestar depoimento. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, vítimas de abuso sexual tomam medicamentos em postos de saúde por quatro semanas para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Em consulta num posto municipal de saúde, uma pediatra receitou medicamentos para atenuar a dor da menina.
 
FONTE: Extra

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